Tempos
difíceis estamos vivendo. São quase dois anos de pandemia nos quais ficamos
isolados de parentes, amigos e não raro, tivemos muitas perdas de pessoas
queridas que sucumbiram ao vírus nefasto. Mas para quem pensa que isso é tudo, pode
tirar o cavalinho da chuva e se preparar pois, não é.
O
Brasil vive hoje uma efervescência política e cultural das mais agressivas de
todos os tempos do nosso belo país tropical. Aquela figura do brasileiro
carinhoso, acolhedor e alegre, parece que está desaparecendo de vez.
Como
relatado acima, além dos infortúnios da pandemia teremos de lidar também com o
despertar de sentimentos e discursos de ódio e intolerância dos mais diversos matizes.
Só nos últimos quinze dias, entre final de janeiro e início de fevereiro, tivemos dois casos
espantosos de assassinato de pessoas negras. O primeiro deles, que ganhou
repercussão nacional e internacional foi a morte trágica por espancamento do
congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24, em frente a um quiosque na praia na Barra
da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde ele foi cobrar uma dívida trabalhista. O
outro caso, também no Rio de Janeiro, nesta semana, foi a morte a tiros de
outro negro, Durval Teófilo Filho, 38, quando se aproximava do condomínio onde
morava. Ele foi alvejado pelos disparos de um outro morador, o sargento da
Marinha, Aurélio Alves Bezerra. Não quero aqui entrar nos detalhes dos crimes,
mas sim, levantar uma reflexão sobre a banalidade da vida e a intolerância em
nossos dias. Além de desses crimes e tantos outros que aconteceram em um passado
recente, assistimos também, desde 2019, um despertar de ideologias de extrema
direita, com requintes de intolerância racial, religiosa e de gênero. O que não
faltam nos dias atuais no Brasil são admiradores de ideologias como nazismo,
supremacia da raça branca, xenofobia, intolerância com as religiões de matriz
africana e uma série de outras barbaridades que já haviam sido, ou pelo menos,
estavam adormecidas na vida dos brasileiros.
O
que está acontecendo com o Brasil? Somos uma nação miscigenada e de uma
diversidade fantástica! Nós sempre convivemos muito bem com isso. Porém de uns
tempos pra cá parece que tudo mudou e os brasileiros se dividiram em tribos e não
há mais aquela fraternidade tão peculiar a nós, o que nos distinguia de outros
povos.
Precisamos
praticar a tolerância. Somos todos irmãos, somos todos brasileiros e juntos
queremos construir uma nação que seja mais humana e igualitária. Vamos respeitar as minorias e aceitar quem é diferente e também quem pensa diferente
de nós. Somente assim o Brasil será o país do futuro. Somos todos brasileiros.
Haroldo Mendes
Paz sobre o Brasil. Oremos e ajamos em prol dela.
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